as Chuvas do RS

07/05/2024

Tenho andado muito mexida por causa das enchentes e a chuvas do RS desses últimos dias.

A força das águas que tanto tem causado dor por lá levou essa dor por todo o país e além dele.

Eu tentei evitar as notícias no começo.

Tentei ser otimista e acreditar que iria acabar rápido.

Não acabou até a hora em que escrevo esse post.

Não consegui prosseguir com a tentativa de ficar distante de tudo e tentar rezar e enviar boas vibrações.

Rezar, enquanto tudo estava acontecendo, pra mim, parecia pouco.

“É preciso mais!” – meu coração dizia.

Fui acompanhando os pedidos de doações que foram se multiplicando e fiquei atenta para doar para onde o meu coração apontasse.

Impossível ver toda a mobilização que está acontecendo e não lembrar da minha mãe dizendo:

“Pouco com Deus é muito. Muito com Deus é nada.”

Fiz o que ela provavelmente faria se estivesse aqui.

Não quero deixar nenhuma margem aqui sobre a minha certeza de que orações ajudam.

Eu me refiro a minha sensação de que precisava e poderia fazer algo além disso.

A simbologia das águas tem conexão direta com as nossas emoções.

As águas lá das chuvas do RS, que antes parecia tão longe, moveram minhas emoções por aqui com muita força.

Eu entendi, depois de 2 ou 3 dias, que eu não estava evitando as notícias apenas porque me dói, como humana, assistir algo assim acontecer.

Era mais do que isso.

Eu encontrei uma camada que estava bem escondida.

As águas abriram uma caixa de lembranças.

E eu lembrei de quando na casa dos meus pais presenciávamos famílias perdendo seus pertences todos os anos.

Lembrei de ver o meu pai andando na água de enchente para ajudar os vizinhos e também dos vizinhos nos ajudando a subir os móveis.

Os papéis tão importantes pra nós molhados boiando…

Insetos por todos os lados e eu que sou apavorada com eles tendo que andar também na água e vencer esse medo pra ajudar minha mãe como pudesse.

Eu lembrei dos dias seguintes com todos nós exaustos, mas tanto para ser limpo.

Não vivi nada que se compare ao que está acontecendo no RS.

Mas revivi a impotência ao ver as pessoas sofrendo e não ter como fazer muito.

Confiar em Deus e saber que Ele sabe e vê muito além do que meus olhos humanos conseguem tem me dado esperança.

Entregar nas mãos de Deus e confiar e diferente de negar ajuda caso tenhamos condições de ajudar.

Essa é hora de estamos com as mãos estendidas do jeito que podemos.

Nós podemos ser a mudança que tanto queremos ver no mundo.

O que não podemos, nesse momento, é cruzar os braços quando um irmão pede ajuda.

Caso você possa, doe, ajude seja como for.

O pouco com Deus é muito.

Toda doação vale e tudo o que é doado com o coração se multiplica!

Estenda as mãos. ❤️

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