Hoje estava com vontade de comer uma sopa de Inhame, mas não qualquer uma: a sopa da minha mãe e eu sabia que não tinha como buscar por receitas prontas porque não iria achar uma como a dela.

Fiquei um bom tempo pensando em como eu poderia fazer pra ficar exatamente como a dela. Algumas vezes a saudade bate forte, né?

Comecei a tentar me lembrar de como ela fazia: o passo a passo, os ingredientes, tempo, as quantidades…

Ah sim… um detalhe importante: nem receita eu tinha, mas queria igual.

Claramente eu estava buscando o impossível: primeiro porque eu não sou ela e segundo porque sem receita ficaria bem mais difícil chegar pelo menos perto de fica parecida.

Pois decidi ir fazendo a sopa do meu jeito mesmo.
E, no fim, pra mim, ficou ótima!

Quantas vezes o perfeccionismo já me parou?

Se fosse algum tempo atrás eu teria desistido antes mesmo de tentar, achando que daria tudo errado. Eu ficaria num canto me “chicoteando” mentalmente por não saber fazer uma sopa.

Hoje em dia temos receitas prontas para tudo que podemos imaginar. Um passo a passo minucioso para chegar seja lá onde for…

Eu não acho ruim esses roteiros que ajudam no nosso caminho, mas quando a receita supostamente falha porque não seguimos a risca é justo desprezar o nosso esforço ou jogar fora o resultado porque não foi o esperado?

Não seria tão mais bonito e acolhedor pensar: “deu certo do meu jeito!”?

Pra dizer a verdade eu nunca soube seguir receitas a risca e inclua-se aqui receitas para tudo na vida, não só para comida. Eu sempre vou adaptando algumas coisinhas e esquecendo outras o que faz com que minhas receitas virem piadas muitas vezes, mas tudo bem eu lido bem com isso haha

E foi assim com a minha receita intuitiva da sopa.
Não ficou melhor e nem pior que a da minha mãe, ficou do meu jeito e eu adorei.

Para hoje o que eu peço aos céus é:

Que nada nos impeça de nos reinventar no meio do caminho e nada limite o nosso dom de criar.

Assim é!